outubro 31, 2009

Palestra

As estagiárias do curso de Pedagogia Raimundinha e Carleusa ministraram nesta sexta-feira(30/10/2009) uma palestra sobre as dificuldades no desenvolvimento escolar das crianças. Esta palestra teve como público alvo as famílias de nosssas crianças assim como as professoras da nossa escola. Valeu meninas! O CMEI Luiz Gonzaga Pires agradece a contribuição de vocês.


outubro 30, 2009

FEIRA DO CONHECIMENTO

TEMA: EM PAZ COM O PLANETA

No dia 15 de outubro promovemos a feira do conhecimento em nossa escola.O tema eleito foi escolhido com base no projeto Escola e família em paz com o planeta,projeto este que é trabalhado em toda a rede municipal de Teresina e que desperta grande interesse em nossas crianças.
Nossos alunos apresentaram suas produções sobre o meio ambiente, abordando principalmente as plantas, flores,reciclagem, animais, cuidados com a saúde, como a prevenção à dengue e à gripe A H1N1 e como economizar água e energia.

Veja algumas das fotos:


Dengue, você pode evitar! (Maternal)
Professoras: Valéria e Aparecida



O mundo florido é mais belo (Maternal)
Professoras Samara e Socorro





Árvore amiga ( 1º Período)
Professora Suzi








Recicle! Seja amigo do planeta. (1º período)
Professora Raimundinha









Animais: proteja-os! (1º e 2º períodos)
Professora Jesus

















H1N1: Conheça tudo sobre essa nova gripe!
( 2º período)
Professora Zilpa



Exposição das páginas do portfólio do 2º período que já foram produzidas.






Neste dia os professores também foram homenageados:




Parabéns professoras! Nosso sucesso depende do trabalho de vocês.

outubro 26, 2009

PSICOGÊNESE DA LÍNGUA

NÍVEIS DE ESCRITA
GARATUJAS (A partir de 2 anos) imitação mecânica da escrita do adulto.

Ø FASE ICÔNICA: é a representação da escrita através de desenho.
CONFLITO: Depois ela passa a perceber que escrever não é desenhar e chega a diferenciar desenho de escrita e portanto passa para a fase pré-silábica.

Ø PRÉ-SILÁBICO 1
· Representa a escrita através de traços figurativos, desenhos, riscos ou rabiscos.Os rabiscos são de acordo com a letra trabalhada na escola:
- imprensa _ fará rabiscos separados, com linhas retas e curvas.
- cursiva _ fará grafismos ondulados.
· Cada letra ou sinal pode valer pelo todo (leitura global do que está escrito).
Ex.: A (pato)
· REALISMO NOMINAL: a criança vivencia a hipótese que coisas grandes se escreve grande ou com muitas letras e coisas pequenas se escreve pequeno ou com poucas letras.

Ø PRÉ-SILÁBICO 2
· Escreve letras aleatoriamente
· Diferenciação qualitativa inter-relacional (procura diferenciar a escrita das palavras às vezes apenas mudando a ordem das letras).
· Hipótese quantitativa (procura diferenciar a escrita das palavras também pela quantidade de letras). Vivencia a hipótese de que toda escrita tem que ter no mínimo três letras para que diga algo.

Ø SILÁBICO:
Esse período é marcado pela fonetização da escrita (começa a querer ligar o som da fala com a escrita) chegando à hipótese que a escrita representa a fala.
· SILÁBICO SEM CORRESPONDÊNCIA: representa cada sílaba com uma letra sem que as letras tenham valor sonoro convencional.
· SILÁBICO COM CORRESPONDÊNCIA: escreve uma letra para cada sílaba, fá fazendo a relação fonema/grafema. Percebe, geralmente o som das vogais.
CONFLITO: Monossílabo deveria ser escrito com uma única letra, mas assim não poderá ser lido. Ele percebe que geralmente a escrita do adulto utiliza mais letras que a escrita silábica permite.

Ø SILÁBICO-ALFABÉTICO:
Grafa algumas sílabas completas e outras incompletas. O professor pode pensar que acriança está omitindo letras, mas na verdade ela está acrescentando letras à fase anterior.

Ø ALFABÉTICO:
Escreve letras que representam o som das sílabas das palavras.

A EVOLUÇÃO NA ESCRITA DEPENDERÁ DOS ESTÍMULOS E OPORTUNIDADES OFERECIDAS.

outubro 23, 2009

outubro 21, 2009

O que não pode faltar na educação infantil

Edição 217 11/2008

O que não pode faltar na pré-escola

Para que as turmas de pré-escola se desenvolvam plenamente, é importante conhecer as características de cada faixa etária e fazer com que algumas experiências essenciais façam parte do planejamento. Veja aqui como trabalhá-las e por que são tão importantes
Beatriz Santomauro (bsantomauro@abril.com.br) e Luiza Andrade. Colaboraram Bianca Bibiano, Denise Pellegrini, de Curitiba, PR; Julia Browne, de Belo Horizonte, MG; Thaís Gurgel, de Sobral, CE; e Vilmar Oliveira, de São José dos Campos, SP.

Brincar
Por que trabalhar Essa é uma fase de ampliação do universo de informações: a mamãe é vendedora, o papai é motorista, o herói preferido voa, o livro de histórias fala de uma princesa bonita e corajosa. O meio de processar e assimilar tantos assuntos - enfim, entender o mundo - é brincar de faz-de-conta. "A complexidade da fantasia criada depende das experiências já vividas. Por isso, é fundamental oferecer ambientes ricos em possibilidades", afirma Zilma, da USP.
O que propor As crianças ainda se divertem com os brinquedos de encaixar ou no parque, mas na pré-escola ganham destaque os jogos de regras - que exigem cumprimento de normas, concentração e raciocínio - e, principalmente, os simbólicos, em que se assumem papéis. Elas se apropriam dos elementos da realidade e dão a eles novos significados. Por meio da fantasia, aprendem sobre cultura. Ao dar bronca em uma boneca, por exemplo, os pequenos usam frases ouvidas de diálogos dos adultos, da TV e, em especial, de livros de histórias. A literatura traz elementos ausentes do cotidiano. A meninada vai se tornando capaz de interagir com as brincadeiras por um tempo maior e considerar que os outros podem participar também. "No faz-de-conta, acontece algo íntimo que não se deve atropelar. O professor contribui com um gesto, uma palavra ou um brinquedo, mas a turma é livre para aceitar ou não", explica Zilma. Uma boa estratégia para enriquecer o brincar é atrair a garotada para espaços diferenciados, como o canto da casinha, do salão de maquiagem, da mecânica ou da biblioteca. O cenário, por si só, avisa a proposta da brincadeira e pressupõe papéis. Depois, com o tempo, o grupo mesmo produzirá outros.
Esta pré-escola faz Na CMEI Patrícia Galvão, em Guarulhos, na Grande São Paulo, o brincar é encarado como uma situação cotidiana e um direito das crianças. Em todas as salas ficam fantoches, fantasias e cenários para as atividades simbólicas, bastante apreciadas. Quando enjoam, os pequenos vão à brinquedoteca e os trocam por outros. Não são raras as vezes em que a turma de 4 anos se empolga com um livro lido em sala, corre para o canto em que ficam as fantasias e assume o papel dos personagens. Segundo a diretora Djenane Martins Oliveira, para garantir e melhorar as possibilidades de experimentação lúdica, os pequenos têm acesso diário a brinquedos de variados materiais, como tecido, plástico, madeira e espuma. Há também aqueles que não parecem, mas são brinquedos também, como pedrinhas, grama e areia. "Sempre temos à disposição das crianças caixas de papelão, que elas usam para produzir objetos que são incluídos nas atividades por elas mesmas."
Linguagem oral

Por que trabalhar No início da pré-escola, coloca-se um importante desafio em linguagem oral: não apenas falar, mas antecipar e planejar o que se quer dizer. "Para que isso aconteça, ou seja, para que a oralidade seja usada cada vez mais e de melhor forma, é preciso trabalhá-la diariamente com base em diferentes temas, contextos e interlocutores", diz Maria Virgínia, da Editora Moderna.

O que propor A escola deve oferecer um ambiente que estimule a comunicação verbal - não apenas em sala mas também no refeitório, no pátio, na brinquedoteca, nos corredores. Para conversar, ali estão amigos, educadores, merendeiros, porteiros e diretores. Oportunidades tão distintas tornam as situações de fala mais ricas, elaboradas e complexas. Os momentos são divididos em dois tipos: formais e informais. Os informais são, por exemplo, as rodas de conversa. Nelas, o professor faz uma proposição, por exemplo, a respeito de uma notícia da comunidade ou de algo que será feito depois, como uma receita culinária. Nesse momento, cada um ouve o que os outros têm a dizer, coloca sua opinião e inicia os próprios relatos. Situações formais são aquelas em que as crianças se dirigem a outros interlocutores que não os próprios colegas de classe, como outra turma, para quem vão contar uma história, ou um adulto a ser entrevistado. Assim, ao longo de toda a pré-escola, são desenvolvidas e aperfeiçoadas competências como a de recontar histórias e elaborar perguntas, declamar poesias e relatar acontecimentos do próprio cotidiano ou de outras pessoas. De acordo com Maria Virgínia, "o resultado é que os pequenos aprendem linguagem e com a linguagem". Essa competência também é potencializada por meio das brincadeiras com as palavras presentes na tradição oral, nos textos poéticos e nas parlendas, por exemplo - que já contribuem para o aumento do repertório verbal desde a creche.
Esta pré-escola faz São diversas as experiências de desenvolvimento da linguagem oral na UMEI Mangueiras, em Belo Horizonte. Lá, as rodas de conversa sobre o planejamento do dia abrem as atividades, mas outros temas também fazem parte do bate-papo. Na sala ou no pátio, elas recontam histórias e apresentam músicas e dramatizações. "Os mais velhos ajudam no desenvolvimento da linguagem dos menores durante atividades corporais. Eles criam canções e gritos de guerra e os pequenos se juntam a eles, cantando também", conta a vice-diretora, Mônica Freitas Mol de Andrade.
Movimento

Por que trabalhar
Na pré-escola, a criança já tem desenvoltura para se comunicar verbalmente. Mesmo assim, o movimento ainda é um meio de expressar o que ela quer. Por isso, eles continuam a ser valorizados na pré-escola. Nessa fase, ela se torna mais ciente de si, conhece mais o corpo e ganha competência para atuar no mundo. "Por isso, é preciso evitar a tendência de deixar atividades desse tipo de lado com turmas a partir dos 4 anos", diz Maria Paula, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
O que propor Atividades como danças, jogos esportivos e teatro aumentam e fazem evoluir as possibilidades com o corpo. Ações como segurar o talher e o lápis e usar a tesoura se aprimoram, mas não adianta promover "treinos". "As habilidades se consolidam apenas diante das necessidades reais", explica Maria Paula. Em especial entre os maiores, de 5 e 6 anos, a capacidade de planejar as ações de movimento se amplia. Por isso, atividades ao ar livre, no parque, se tornam mais ricas. Para se divertir num escorregador, as crianças conseguem observar os degraus onde pisar e calcular o que fazer para chegar ao topo e depois deslizar. Esta pré-escola faz A professora Magda Carvalho Aranda, da CEI Maria do Rosário Bastos, em Poços de Caldas, a 465 quilômetros de Belo Horizonte, propõe jogos corporais para as crianças de 5 anos. Em um deles, elas batem palmas, levam as mãos aos pés e também à cabeça. Após uma seqüência simples, a turma combina movimentos mais elaborados, como levantar a mão esquerda e se manter apenas sobre o pé direito, favorecendo o equilíbrio. A mesma atividade pode se tornar mais divertida se acompanhada de música com ritmos cada vez mais rápidos. Outra brincadeira que os pequenos curtem é a da maria-fumaça. "Conforme o ritmo de um chocalho acelera, o corpo entra no embalo, com movimentos de braços e pernas", explica Magda.
Arte

Por que trabalhar As experiências desenvolvidas em música e artes plásticas, de acordo com Silvana, do Avisa Lá, têm papel primordial na formação do pensamento simbólico. "Ambas exercem forte influência no desenvolvimento da criatividade e da imaginação." Nessa fase, as duas linguagens já são trabalhadas de forma separada.

O que propor É essencial ampliar o repertório de canções, promover o contato com instrumentos variados e explorar os sons da natureza e dos feitos com o corpo, além do silêncio. O bom projeto é o que permite conhecer e criar. Em artes visuais, é importante apresentar obras de pintores famosos - para ampliar o repertório e trazer riqueza ao trabalho dos pequenos -, mas não como pretexto para propor cópias. Nessa fase, o ideal é desenvolver cada vez mais o desenho e a pintura, em atividades diárias. Não é necessário usar grande variedade de materiais.
Esta pré-escola faz Nas salas de préescola do CMEI Dr. Arnaldo Carnasciali, em Curitiba, sempre há nas paredes uma pintura, gravura ou fotografia para ampliar o repertório dos pequenos. Durante um projeto sobre identidade, as turmas fizeram retratos. Olhando no espelho, cada um produziu o seu, usando lã e barbante para compor os cabelos, por exemplo. Todos desenharam também o amigo, aprimorando a percepção sobre o outro. A experimentação musical inclui a exploração de estilos diferentes, como cantigas de roda, músicas clássicas e canções do folclore brasileiro. "Essas situações ampliam o repertório, favorecem a concentração e permitem o desenvolvimento de habilidades como o ritmo", diz a diretora, Vanessa de Sousa Martinez.
Leitura e escrita

Por que trabalhar
É um adulto leitor que mostra às crianças o significado da escrita que está nos livros. Ao escutar uma história, as turmas entram na narrativa e compartilham as sensações dos personagens. "É hora de ampliar o repertório e dar maior organização ao pensamento", diz Débora Rana, coordenadora pedagógica de Educação Infantil da Escola Projeto Vida, na capital paulista

O que propor Durante as rodas de histórias, o grupo é capaz de escolher os livros prediletos, acompanhar a obra de um autor, opinar e fazer relatos. Quanto maior a variedade de gêneros, melhor: contos, poesias, parlendas, quadrinhas, gibis, lendas, fábulas, bilhetes, crônicas, textos informativos e instrucionais. A leitura diária de diferentes gêneros pelo professor aumenta cada vez mais a curiosidade e o conhecimento sobre a linguagem escrita. "Aos 4 anos, já é possível recontar textos e aos 5 produzir as próprias histórias, ditando o texto a um escriba", afirma Débora.
Esta pré-escola faz Na Creche Conveniada Lírios do Campo, em São José dos Campos, a 97 quilômetros de São Paulo, a pré-escola tem acesso a textos de diferentes gêneros, desenvolve atividades de reconto de histórias, leva livros para casa nos fins de semana, cria poesias e é estimulada a escrever. Mesmo durante as brincadeiras, surgem oportunidades de enriquecer a escrita. "Quando inauguramos o canto do cabeleireiro, visitamos um salão de beleza. Depois, foi produzido um texto sobre o encontro com os profissionais e elaborada uma tabela de preços", relata a coordenadora pedagógica Ana Lúcia Rodrigues da Silva Ferreira.

BIBLIOGRAFIA A Formação do Símbolo na Criança, Jean Piaget, 376 págs., Ed. LTC, tel. (21) 3970-9450, 83 reais Bem-Vindo, Mundo! Criança, Cultura e Formação de Educadores, Silvia Pereira de Carvalho e outros, 208 págs., Ed. Peirópolis, tel. (11) 3816-0699, 40 reais Educação Infantil: Fundamentos e Métodos, Zilma de Oliveira, 258 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3611-9616, 36 reais Henri Wallon: Uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil, Izabel Galvão, 136 págs., Ed. Vozes, tel. (11) 2081-7944, 20 reais


http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/nao-pode-faltar-pre-escola-428529.shtml

ENTRE TAPAS E BEIJOS

Nova Escola Edição 196 10/2006

Entre tapas e beijos

Você pode ajudar turmas de creche e pré-escola a expressar os sentimentos com palavras, em vez de recorrer a choro e empurrões
WriteAutor('Thaís Gurgel');
Foto: Draulio Joca

Começar a frequentar a Educação Infantil significa viver situações inéditas: afastar-seda família, conviver com um grupo maior e fazer atividades em conjunto. Além disso, a criança aprende novas regras de convivência. Tudo isso desperta sensações que, muitas vezes, a fazem sofrer. Como ainda não compreende o que sente (nem sabe lidar com essas novidades), é comum ela reagir fisicamente, batendo nos colegas, mordendo ou chorando.Para lidar com essas manifestações, é importante analisar como está o desenvolvimento da maturidade emocional de cada criança. O ponto de partida é o diálogo com a família, para saber se em casa as reações são semelhantes e para se inteirar de fatos que possam mexer com as emoções dela, como a chegada de um irmão ou a separação dos pais. Até os 3 anos, os pequenos utilizam principalmente o corpo para se expressar. No caso do bebê, o choro é uma questão de sobrevivência e um alerta de que ele precisa de atenção. Com o passar dos anos, no entanto, esse artifício fica mais complexo. "Apesar de ter origem orgânica, as lágrimas produzem um efeito social logo percebido pela criança", diz a pesquisadora Heloísa Dantas, autora de A Infância da Razão. Esse uso sofisticado do choro e de manifestações corporais - como bater num colega ou destruir brinquedos - faz com que a mensagem seja logo compreendida pelos adultos. Maria Rocicler da Cunha Silva, professora da creche-escola Casa da Tia Léa, em Fortaleza, destaca uma situação. Um menino de 4 anos, com histórico de dificuldade de adaptação em outras escolas, alternava momentos de hiperatividade e de apatia. Às vezes, destruía objetos, em outras falava pouco. Ao conhecer os pais, ela percebeu que a criança estava abalada por sentir que a família o via como "garoto problema". Resultado: os amiguinhos não queriam brincar com ele por considerá-lo violento. A professora começou a trabalhar na reversão dessa imagem. Como o menino tinha habilidade para desenho, ela começou a mostrar à turma as qualidades do colega. Lançou-o como ilustrador oficial da sala: ele ensinava todos a traçar determinada figura e ajudava nas atividades de Artes. Aos poucos, a classe passou a enxergá-lo de maneira diferente. "Sentindo-se aceito, ele se envolveu menos em conflitos", conta Maria Rocicler. Com muita conversa, está aprendendo a dominar melhor seus momentos de raiva, frustração e agitação. Letícia Nascimento, coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Mackenzie, em São Paulo, diz que a atuação de Maria Rocicler "faz com que a criança não seja encarada como um ruído em sala". Segundo ela, é papel do professor utilizar as qualidades de cada um para ajudá-los a lidar com os problemas. Uma boa atividade é a roda de conversa. Nela, cria-se um ambiente em que todos falam como se sentem em relação a episódios ocorridos em classe ou em casa. Diferentes necessidades A partir dos 3 anos, a criança traça os pilares de sua vida afetiva. Ela quer sentir-se amada e reconhecida pelas pessoas que a cercam. O carinho é importante e as intervenções do professor em situações de conflito devem ter essa tônica. "O educador precisa ser firme ao mostrar limites, mas manter a calma e não gritar", orienta a psicanalista Ana Carolina Carvalho. Se for o caso de punição, é preciso manter a lógica e ligar o castigo à reversão do problema causado, nunca à restrição de outra coisa. "Se alguém quebra a boneca da colega, deve ajudar a consertar", conta a professora Alessandra Alves, da Casa da Tia Léa. Quando duas crianças de sua turma de 4 anos entram em conflito, ela as chama para uma conversa. "Lembro que o colega tem de ser tratado com respeito." Em qualquer momento, a criança deve ser estimulada a expressar os sentimentos por meio da fala - não do corpo. Mas, para fazer isso, é preciso identificar a emoção que causa o desconforto. E o professor pode ajudar a compreender, por exemplo, por que o pequeno quer rasgar o trabalho do colega. Nessa hora, é uma boa fazer perguntas como "Você está nervoso? Não conseguiu pegar o giz que queria?" e dar soluções: "Converse com seu amigo com calma e peça para usar o giz depois". Assim, todos notam que podem ter o que desejam na base do diálogo. A articulação verbal e o controle das emoções geralmente caminham juntos e são atitudes que podem ser aprendidas. Com a aproximação do final do ciclo da infância, a criança começa a se interessar menos por conflitos internos e pelo que está no seu círculo de relações e passa a focar-se no mundo ao seu redor para conhecê-lo e entendê-lo. Esse passo se dá de maneira mais saudável quando ela usa a razão para controlar os sentimentos. "O interesse pelo conhecimento leva ao amadurecimento emocional e vice-versa", afirma Letícia Nascimento. O desafio de se manter na esfera do racional, porém, estará presente até a idade adulta. "Afinal, emoção e razão têm uma relação dialética, se complementam."
Aprendendo a lidar com os sentimentos..
• Aprimora a capacidade de conhecer e nomear diferentes emoções.
• Evita agressões físicas aos colegas.
• Facilita a resolução de conflitos por meio do diálogo
Você no controle
• Mantenha-se calmo em momentos de conflito para evitar cair no mesmo estágio emocional da criança.
• Transmita serenidade e compreensão na sua fala.
• Reúna-se com colegas ou faça um diário de classe para extravasar seus sentimentos. Assim você fica mais preparado para lidar com um cotidiano de emoções intensas.
• Estabeleça um canal de comunicação com as famílias para criar confiança entre pais e escola.

Quer saber mais?
CONTATOS Casa da Tia Léa, R. Pe. Antônio Thomaz, 2171, 60140-160, Fortaleza, CE, tel. (85) 3264-1974 Letícia Nascimento, mletician@gmail.com BIBLIOGRAFIA A Infância da Razão, Heloísa Dantas, 114 págs., Ed. Manole, tel. (11) 4196-6000, edição esgotada
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Na Educação Infantil é importante:- que o professor tenha sempre atividades planejadas e que as crianças não fiquem ociosas. Criança que não tem o que fazer vai procurar algo que a distraia como, por exemplo, provocar um colega;-quando todos estão falando as mesmo tempo não grite para chamar a atenção para si. Do nada cante um musiquinha que eles gostem, você vai ver como eles prestarão atenção a você;-se durante uma atividade as crianças começarem a movimentar-se muito e não dar mais atenção ao que estavam fazendo deve ser porque a atividade está muito longa ou cansativa. Pare um pouco, faça uma brincadeira no pátio da escola e deixe o término da atividade para outro momento;- evite promessas e ameaças que não poderão ser cumpridas.
Deixe a sua sala organizada o suficiente pra voce perder o menor tempo possivel entre atividades. Essa transição de atividades podes sempre fazer com musicas. Repita as musicas durante a semana porque eles prestam mais atenção quando conhecem e podem cantar junto. Não os deixe muito tempo em uma mesma atividade, porque eles cansam rapido e começam a fazer outras coisas, conversar e ate a chorar sem motivo(bom, o motivo e cansaço). Prepare atividades curtas. Nunca prepare nada em sala de aula, esteja 100% com eles o tempo inteiro. deixe uma pasta pra cada tipo de atividade e assunto. Tenha pelo menos uma semana em avanço porque se acontece de você estar meio doente e sem animo, por exemplo você sempre tem uma semada avançada pronta. Boa sorte.

A IMPORTÂNCIA DE CONTAR HISTÓRIAS

A IMPORTÂNCIA DE CONTAR HISTÓRIAS PARA AS CRIANÇAS

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Como recurso psicopedagógico a história abre espaço para a alegria e o prazer de ler, compreender, interpretar a si próprio e à realidade.

Por que contar histórias para as crianças?

A história é uma narrativa que se baseia num tipo de discurso calcado no imaginário de uma cultura. As fábulas, os contos, as lendas são organizados de acordo com o repertório de mitos que a sociedade produz. Quando estas narrativas são lidas ou contadas por um adulto para uma criança, abre-se uma oportunidade para que estes mitos, tão importantes para a construção de sua identidade social e cultural, possam ser apresentados a ela.
Um dos principais objetivos de se contar histórias é o da recreação. Mas a importância de contar histórias vai muito além. Por meio delas podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário.Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto lido ou narrado) o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações espaciais e temporais (toda história tem princípio, meio e fim) Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora para a construção da ética e da cidadania em nossas crianças.
Muitas vezes, basta ler um bom livro, uma boa história! Essa pode ser, por si só, uma experiência enriquecedora para alunos e professor, na qual muitas coisas estão em jogo: fruição de um texto, aumento de repertório literário e desenvolvimento de um comportamento leitor.

Qual a diferença entre ler e contar uma história?

São duas coisas muito diferentes, porém ambas muito importantes. Um texto escrito segue as normas da língua escrita, que são completamente diferentes daquelas da linguagem falada. Quando uma criança ouve a leitura de uma história ela introjeta funções sintáticas da língua, além de aumentar seu vocabulário e seu campo semântico. Porém, aquele que lê a história deve dominar a arte de contá-la, estar preparado suficientemente para fazê-lo com apoio no texto, sabendo utilizar o livro como acessório integrado à técnica da voz e do gesto.
Além disso, quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro.
Há opiniões divergentes neste campo: alguns autores consideram que o contador sem o livro tem mais liberdade de acentuar emoções, modificar o enredo segundo as reações da criança e portanto, melhor comunicação com o público infantil. Teria ainda mais disponibilidade para trabalhar sua voz e seu gesto.
Somos partidárias, neste aspecto de que o importante é como ler e como contar, porque é preciso que se tenha técnica e preparo para despertar o desejo e o prazer das crianças.
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Como selecionar histórias para ler ou contar?
A escolha do livro deve atentar para a boa qualidade do texto e das ilustrações. O professor lê a história antecipadamente e a avalia positivamente.. A história é condizente aos interesses , possibilidades e necessidades dos seus alunos? Além disso, o professor gosta e se encanta com a história. Um professor encantado pelo texto tem muito mais chance de encantar seus alunos, entusiasmando-os para a leitura.
O professor pode ler inicialmente os textos que as crianças gostam e conhecem, para que possam construir conhecimentos significativos sobre a leitura. Progressivamente, para que avancem, pode introduzir a leitura de novos textos (sempre considerando as características de seus alunos e qualidade do texto).
Segundo Luiza Lameirão, existem dois tipos de histórias: aquelas que servem de alimento para a alma, permitindo a transmissão de valores e de imagens arquetípicas fundamentais para a construção da subjetividade; e aquelas que servem para despertar o raciocínio e o interesse da criança para formas de agir e estar no mundo- são chamadas histórias matéria - importantes para a estruturação dos aspectos objetivos de nossa personalidade. Estas últimas devem ser selecionadas de acordo com o desenvolvimento cognitivo do ouvinte porque exigem maior compreensão racional e analítica.

Como ler e contar histórias?

A leitura pelo professor pede algumas condições: uma boa entonação, acompanhando o enredo da história ou as características das personagens; a leitura fiel do texto escrito, sem substituir palavras “difíceis” ou omitir trechos. Os leitores têm sempre direito ao texto integral e a compreensão do leitor se dará pelo conteúdo geral do texto. Assim eles terão mais chance de aumentar seu vocabulário e de conhecer o estilo de cada escritor.
Em cursos de capacitação pode-se adquirir as competências necessárias para se contar histórias, aprendendo as técnicas básicas de voz, gesto, materiais de apoio, dentre outras.

Podemos destacar algumas orientações básicas para contar histórias:
• Escolha leituras que tenham ligação direta com o sexo, a idade, o ambiente familiar e o nível sócio econômico da clientela.
• Incentive as crianças diariamente, contando pequenas histórias sem mesmo ter o livro nas mãos.
• Use entonação de voz atraente, sem exageros, faça suspense, faça drama, se emocione, expresse sua opinião sobre o tema e dê oportunidade para que a criança também apresente sua opinião.
• Enriquecer a narração com ruídos (onomatopéias) como miau! Au! Au!
• Movimente o corpo (olhos, mãos e braços), mas sem exageros.
• Evite cacoetes como: aí... então... entenderam... não é?
• Crie a “hora da história”. Na escola, um bom horário é após o recreio para acalmar a turma; em casa pode ser à noite, antes de dormir;
• Determine um dia ou horário para cada aluno ler ou contar uma história. Não force ninguém.
• Em casa, estimule a criança a recontar a história que ouviu; compre livros, dê livros de presente em aniversários, natal e outras festividades;
• Sempre que possível sente-se no nível das crianças.
• Explique quando necessário, o significado das palavras novas.
• Preserve a atenção das crianças no local em que a história está sendo contada. (muito barulho, pessoas estranhas interrompendo, etc.).


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Cláudia Marques Cunha Silva - Mestra em Engenharia de Produção com ênfase em Mídia e Conhecimento pela UFSC; Psicopedagoga, coordenadora do Núcleo Sul Mineiro da ABPp; Docente de vários cursos de Pós-Graduação em Psicopedagogia no sul de Minas, tais como: UNINCOR, UNIVAS, UEG-Campus Divinópolis, UCAM, UVA (Convênio com Aprender-atividades integradas) e FEFC- Formiga.